Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que anualmente cerca de US$ 1 trilhão são pagos em suborno e US$ 2,6 trilhões são desviados em atos de corrupção, o que representa mais de 5% do PIB mundial. Esse desfalque impacta negativamente não só a economia, mas também o desenvolvimento social.
Com a intenção de avaliar o quão prejudicial é esse impacto e como afeta cada lugar do mundo, desde 1995 é divulgado pela Transparência Internacional o Índice de Percepção da Corrupção (IPC), esse índice classifica em uma escala de 0 a 100 pontos 180 países e territórios em todo o mundo, quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país. Em 2022 o Brasil registrou uma nota de 38 pontos, ficando na 94ª posição, empatado com países como Argentina, Etiópia, Marrocos e Tanzânia.
O que é a Corrupção?
Independentemente do nível social ou educacional, cada pessoa possui instintivamente uma visão do que é considerado corrupção. No Brasil, a corrupção é classificada em ativa e passiva, e está caracterizada no Código Penal onde descreve os crimes praticados contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Embora frequentemente essa realidade seja associada exclusivamente ao que acontece na política, a corrupção tem ganhado força nos atos praticados nas ações cotidianas.
O combate a corrupção na iniciativa privada
Como já mencionado o impacto negativo da corrupção não se reflete somente na esfera econômica, impacta no desenvolvimento social e nas atividades empresariais. Práticas como concorrência desleal, preços superfaturados e outros, causam distorções no mercado e estimulam comportamentos anticompetitivos.
Pagamentos de multas elevadas e impactos sobre a imagem e reputação são algumas das possíveis sanções. Buscando evitar essas sanções, empresas tem buscado nos programas de compliance uma ferramenta de prevenção e combate a corrupção, garantindo a perenidade dos negócios.
Segundo definição da CGU, esses programas consistem em “um conjunto de medidas com o objetivo de prevenir, detectar e remediar a ocorrência de fraude e corrupção nas empresas, pensadas e implementadas de forma sistêmica, com aprovação da alta direção, e sob coordenação de uma área ou pessoa responsável”.
Um programa bem estruturado e efetivo é importante não só pelo olhar da prevenção. Mas, ao se investir no combate à ocorrência de fraudes e irregularidades nas atividades empresariais, automaticamente se tem uma garantia do crescimento e da perenidade do negócio, possibilitando que a alta gerência e os funcionários tenham seus empregos garantidos.
Fontes: https://tinyurl.com/24fbz797/
https://transparenciainternacional.org.br/ipc/
Texto por: Fábio Batista
Revisado por: Fabricio Carpanez